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Gravando Bandas | Próximas Turmas

17 ago

O treinamento “Gravando Bandas” é um curso oficial que nasceu e se consolidou dentro da Jornada Adobe, série de treinamentos oficiais organizada desde 2003 pela Action Criações, nas áreas de Design e Video Digital. Derick Borba encontrou uma maneira inteligente e dinâmica, onde dentro de um treinamento consegue conciliar teoria e prática.

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Próximas Turmas?

1. SÃO PAULO/SP – 01/09 até 03/09 – BANDA: Zander
2. SÃO PAULO/SP – 15/09 até 17/09 – BANDA: Gloria
3. RIO DE JANEIRO/RJ – 30/09 até 02/10 – BANDA: Seu Cuca

Como fazer sua inscrição?
Site: www.gravandobandas.com.br
Facebook: www.facebook.com/Jornadaadobe

O treinamento tem carga horária de 30 horas (3 dias), extenso conteúdo teórico e altamente prático, o aluno adentra ao mundo de produção de videoclipes, passando por todas as etapas, desde o roteiro até a entrega ao cliente. O aluno aprende na prática técnicas avançadas sobre iluminação, participa de todo processo de gravação e utiliza os melhores equipamentos do mercado.POST_02

“Ensinamos segredos de como trabalhar com baixos orçamentos (low budget), e apresentar um video de impacto com resultado final altamente profissional.” Derick Borba, instrutor do treinamento “Gravando Bandas”.

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Lucas Gonzaga | Entrevista

11 mar

O montador Lucas Gonzaga deu uma entrevista para o site da Associação Brasileira de Cinematografia (ABC) para falar de seu trabalho em Presságios de um Crime (Solace, EUA, 2015), filme que marca a estreia internacional do diretor brasileiro Afonso Poyart (2 Coelhos) e que conta com Anthony Hopkins, Colin Farrell, Jeffrey Dean Morgan e Abbie Cornish no elenco.

No filme, um detetive do FBI está à procura de um assassino em série, que faz jogos com suas vítimas. Para isso, ele contará com a ajuda de um médico aposentado especializado nesse tipo de crime.

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Como aconteceu o convite para participar do Presságios de um Crime? Como é a sua parceria com o Afonso Poyart?

Em 2012 fui para o Festival de Sundance com o filme A Busca. Lá eu conheci o agente do Wagner Moura que tem uma história de representar brasileiros que vão trabalhar no cinema americano. Ele me comentou que estava vindo para o Brasil fazer reuniões na semana seguinte e eu o convenci a assistir no cinema o último filme que eu tinha montado e que estava estreando que era o 2 Coelhos, dirigido pelo Afonso Poyart. Achei que o filme tinha uma pegada que interessaria os americanos.

Na semana seguinte ele assistiu ao filme no Brasil e já na saída da sessão quis muito conhecer o Afonso. Poucos meses depois o Afonso já estava nos Estados Unidos negociando para fazer o Presságios de um Crime. Foi tudo muito rápido. Os americanos ficaram fascinados com o 2 Coelhos e com a capacidade do Afonso de fazer um filme de ação, com qualidade e um custo baixo.

Minha relação com o Afonso é muito antiga, fiz o primeiro curta dele e desde então fizemos publicidade, videoclipes e três longas juntos. É um diretor extremamente criativo, que entende de roteiro, de personagens e que tenta colocar sua marca visual nos filmes sem nunca abrir mão de contar uma boa história. Ele e o fotógrafo Carlos Zalasik entregam sempre um material bastante aberto e amplo, que gera muitas possibilidades e uma liberdade absoluta para trabalhar. E ele incentiva os riscos, para que encontremos na forma e no conteúdo elementos que atraiam e agradem o espectador.

É muito próximo do universo ideal para um montador.

Quanto tempo de trabalho? Como foi o cronograma?

O filme teve 30 semanas de montagem.

Começamos durante a filmagem em Atlanta, depois retornamos ao Brasil onde fizemos o primeiro corte. Daqui fomos para Los Angeles e lá tivemos o período mais extenso da montagem onde trabalhamos nos cortes seguintes junto dos produtores. Após as sessões teste, o último mês de ajustes foi feito em Nova Iorque por questões contratuais do filme.

Quais eram as condições de trabalho e principais diferenças com as produções nacionais?

As condições de trabalho eram as melhores possíveis. Tínhamos duas ilhas para o filme em uma Finish House em West Hollywood, uma para mim e outra para o assistente.

Em termos de equipamento hoje praticamente não existem diferenças entre o que usamos aqui e o que usamos nos Estados Unidos. O filme foi editado em Avid Media Composer.

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A maior diferença se dá no prazo. Aqui, em função de orçamento, sempre lidamos com prazos muito curtos e isso representa uma perda de qualidade grande nos filmes.

A ilha de edição é um espaço de experimentação, de busca por nuances, por detalhes, onde podemos arriscar e tentar tirar ao máximo as possibilidades do material. E isso leva tempo. Com prazos apertados muitas vezes é possível apenas cumprir o básico e não acho que deveríamos nos contentar com o básico.

Qual era a atitude dos produtores? Como eles participaram do projeto?

Os produtores realmente participam de maneira muito ativa em todo o processo. Na montagem não foi diferente. Em todos os cortes do filme fazíamos apresentações para eles, debatíamos os avanços, traçávamos novos objetivos e testes que ainda poderiam ser feitos. É um processo difícil pela cobrança permanente por resultados, mas ao mesmo tempo é colaborativo e feito em alto nível.

Quando o produtor se impõe pelo conhecimento de cinema, e não só pelo cargo que ocupa, é muito positivo. É positivo para o filme ter mais pessoas pensando junto e ajudando a encontrar os melhores caminhos.

O que dizer do Anthony Hopkins e elenco do filme?

Anthony Hopkins, além de uma sutileza ímpar para interpretar com pequenos gestos e olhares, tem um carisma impressionante.

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O personagem que ele interpreta é extremamente ácido e irônico. Ficamos muito tempo tentando buscar o equilíbrio do quanto as pessoas se incomodariam com aquela postura tão arrogante. Quando começamos a fazer sessões teste descobrimos que a força do ator com a audiência é tão grande, fruto de décadas fazendo papéis tão marcantes, que mesmo ele sendo grosseiro ou irônico as pessoas sempre gostavam dele. Perceber este tipo de reação nos ajudou a encontrar o ponto de equilíbrio exato pro personagem.

Se Hopkins entrega tanto com tão pouco, Colin Farrell por outro lado é um turbilhão, roubando todas as cenas que aparece com sua energia. Equilibrar estas duas forças foi um grande desafio pro Afonso no set e depois pra gente na montagem. Além deles tínhamos Jeffrey Dean Morgan que é um excelente ator – apesar de ainda não tão conhecido. Os três entregam grandes performances e, quando se tem um elenco neste nível, a conexão da audiência com o filme atinge um outro patamar.

Texto: Danielle de Noronha
Fonte: ABCine

Utilizando a Blackmagic para expandir a Indústria Cinematográfica Brasileira

21 jul

Para um cineasta independente, a filmagem quase sempre vem acompanhada de um custo alto. Principalmente quando se trata de um cineasta Brasileiro, esses custos multiplicam-se em várias vezes. A indústria cinematográfica brasileira ainda está na fase inicial de crescimento, portanto ainda existe uma dificuldade em obter equipamentos profissionais.

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Além do mais, vários equipamentos precisam ser importados do exterior e estão sujeitos a taxas de importação. Não é raro um cineasta brasileiro depender de subsídios governamentais para conseguir os recursos necessários para iniciar um novo projeto, ou até mesmo utilizar o seu próprio dinheiro. Apesar disso, cineastas brasileiros independentes apostam nas novidades tecnológicas para produzir os filmes que movem a indústria.

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Rafael Duarte e Taísa Ennes Marques fazem parte desse movimento. Juntos, eles fundaram uma pequena empresa de produção cinematográfica no sul do Brasil, onde mantém uma produção constante de filmes de curta-metragem – sejam independentes ou financiados pelo governo. Os esforços estão valendo a pena.  Depois de receberem o Prêmio ABC de Melhor Fotografia para Curta-metragem, da respeitadíssima Associação Brasileira de Cinematografia, a empresa está encontrando um nicho de mercado promissor. Segundo Rafael, o lançamento da Blackmagic Cinema Camera alavancou sua trajetória.

“A chegada da Blackmagic Cinema Camera ao Brasil virou nosso mundo de ponta cabeça”, ele disse. “De repente, percebemos que seria possível obter resultados de qualidade cinematográfica mesmo com o orçamento limitado.”

Desde então, a produtora integrou a Blackmagic Design tão profundamente em seu fluxo de trabalho que agora a equipe utiliza várias câmeras, inclusive a Blackmagic 4K Production Camera, como também o DaVinci Resolve para a correção de cor.

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Eles enfrentaram vários obstáculos antes de utilizar Blackmagic. “Taísa e eu nos conhecemos em um período de nossas vidas em que ambos querÍamos fazer filmes, mas não sabíamos por onde começar,” disse Rafael. “O cinema no Brasil, principalmente no sul, é difícil. Não existe uma grande indústria cinematográfica, dependemos muito de subsídios do governo. E quando éramos mais jovens, não sabíamos como lidar com isso. Então, resolvemos unir forças e começamos a fazer filmes com nosso próprio dinheiro.”

A dependência nas câmeras baratas acabou sendo uma experiência frustrante. Independentemente da câmera utilizada, os resultados ficavam aquém de um padrão de qualidade internacional. Modelos mais caros estão fora de cogitação, mas a produtora precisava de uma câmera mais adequada para a visão de Rafael e Taísa. Ao descobrir a Blackmagic, foram inspirados pelo seu potencial cinemático. Juntaram seus recursos para comprar uma Blackmagic Cinema Camera. Ao usá-la pela primeira vez nos cânions do sul do Brasil, foram surpreendidos.

“Apesar de ser uma câmera prática e com preço acessível, a forma como o obturador captura a imagem, a latitude e a quantidade de informação do arquivo DNG realmente valorizam a imagem“, disse Rafael. “O resultado superou nossas expectativas. Mesmo usando apenas a luz do sol e um rebatedor, os resultados ficaram lindos. Nunca me estresso durante as filmagens. Mesmo se estiver com pressa ou com algum problema, basta garantir que a luz esteja no lugar certo e que os claros não estejam estourando, por exemplo, que o resto é possível administrar dentro do Resolve. Sempre fica lindo.”

“Caçando” uma Hiper-realidade e o visual RAW

A Blackmagic Cinema Camera de Rafael e Taísa rapidamente tem se tornado uma peça-chave para seus filmes, programas de televisão, e outros projetos. Esse ano, o projeto-destaque da produtora foi  o filme “Caçador”. Com o orçamento baixíssimo de US$2.000, Caçador dependeu da Blackmagic Cinema Camera para seu visual particular: uma mistura de conto de fadas com Faroeste, inspirado pela figura folclórica do Gaucho. Um pedaço de híper-realidade projetado na tela.

“Nós trabalhamos em locações inóspitas de montanhas e cânions, foi algo mágico,”  disse Rafael. “Geralmente quando se captura algo assim monitorando em uma telinha de LED, parece que você perde um pouco da magia. Mas quando abrimos as imagens no Resolve e começamos a colorização, encontramos várias possibilidades lindas e esotéricas. Foi dificil escolher só uma. O formato RAW DNG da Cinema Camera oferece muita flexibilidade por não ter compressão. Eu sinto como se pudesse fazer qualquer coisa com a imagem.”

A transferência da filmagem para o DaVinci Resolve foi natural, e nele a equipe aperfeiçoou a imagem RAW como se estivessem alterando a própria Mãe Natureza, e não apenas o filme digital. O fluxo de trabalho baseado em nodes (nós) foi mais intuitivo para Rafael que o típico sistema de camadas que a maioria das ferramentas de colorização oferecem; e Rafael pôde transferir a sua visão para a filmagem e trabalhar detalhadamente com a colorização.

Por exemplo, uma das cenas mostra a paisagem de grama sob o pôr do sol. No início, Rafael pensou que ao tentar preservar o céu, poderia perder detalhes da grama nas sombras (o firmware da Cinema Camera não suportava a visualização de histogramas na época). Porém, acabou descobrindo que era só uma questão de ajuste nas curvas de cores.  Sem isso, seria impossível otimizar a exposição da imagem. Outra cena, uma imagem noturna do caçador fumando e bebendo na varanda, era pra ser filmada durante o dia, mas faltou tempo.  Foi possível filmar a cena porque Rafael havia trazido consigo uma lâmpada halógena de 1000 watts, apenas por precaução. No entanto, a lâmpada emitia um tom alaranjado na imagem que jamais seria convincente para cenas noturnas.  Após o upload no Resolve, ele trabalhou com o balanço de brancos do RAW para criar um efeito realístico de luar.

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“Já me perguntaram se eu tive uma equipe grande trabalharam naquela cena, mas a realidade é que foram só cinco pessoas,” ele disse.  “Foi tudo filmado no estilo de cinema guerrilha. Tirando essa cena em particular, a maior parte do meu trabalho como diretor de fotografia do Caçador era conciliar as tomadas com o horário certo do dia para garantir a melhor iluminação natural para cada cena. A regra era que não podíamos filmar entre as 11h e 13h, quando o sol estava a pino.”

Apesar do baixo orçamento, o filme independente foi bem sucedido: receberam um dos prêmios mais respeitados do mundo cinematográfico brasileiro, o Prêmio ABC de Cinematografia de Melhor Direção de Fotografia para Curta-Metragem. A cerimônia foi prestigiada também por outros homenageados, como Lula Carvalho (Tropa de Elite, Robocop, e As Tartarugas Ninja), que ganhou o Prêmio Melhor Direção de Fotografia no evento.abctrophy

“Fomos para a cerimônia sem pensar que podíamos ganhar. Era como se estivéssemos em uma festa com vários famosos,” disse o Rafael. “Ficamos tipo, ‘Poxa, o que estamos fazendo aqui?’ A Blackmagic Cinema Camera foi um salto tecnológico tão grande em relação às cameras que usávamos antigamente que às vezes ate me sinto como se estivesse trapaceando. Como se não fosse eu, mas a camera que fez todo o trabalho duro. Ela é perfeita!”

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Avançando na cena cinematográfica Brasileira com confiança

“A Blackmagic nos dá a confiança que precisamos para competir com produções maiores,  ou quando participamos de festivais de cinema e premiações grandes como a ABC,” diz Rafael. “Às vezes aqui no Brasil ficamos com um pouco de receio e achamos que não temos o orçamento para produzir imagens como em Hollywood, mas isso não é verdade. Se você tiver apenas o sol e uma câmera da Blackmagic, o resultado irá superar suas expectativas.”

EFEITOS SONOROS E TRILHAS [ FREE ]

22 abr

Efeitos sonoros ou efeitos de áudio são sons criados ou editados artificialmente, utilizados para enfatizar obras artísticas como filmes, programas de televisão, animações, jogos de vídeo, músicas, ou outros meios de comunicação.

Na indústria de gravação é freqüentemente abreviado como “FX”.

Na produção cinematográfica e televisiva, um efeito sonoro é um som gravado e apresentado para fazer uma determinada narração da história sem o uso do diálogo ou de música. O termo geralmente se refere a um processo aplicado para uma gravação, sem necessariamente referir-se à gravação em si.

Na produção cinematográfica e televisiva profissional, a gravação de diálogo, música e efeitos sonoros são tratados como elementos separados. Diálogo e gravações musicais nunca são referidos como efeitos sonoros, embora os processos aplicados a eles, como a reverberação ou flanging, muitas vezes são chamados de “efeitos sonoros”.

Indico alguns sites de efeitos sonoros e trilhas para download:

http://www.robertetoll.com/
http://www.megatrax.com/
http://www.freesound.org/
http://soundfxnow.com/
http://www.audiomicro.com/

“Criamos e divulgamos conteúdos para entusiastas, estudantes e profissionais do audiovisual”. Gustavo Lopes, Fundador do Oeditor.com

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São matérias, vídeos, novidades sobre equipamentos, making of’s, tutoriais de softwares e demais conteúdos compartilhados por profissionais da área.

Criado em 2009, a comunidade tem como público-alvo profissionais que até então não encontravam em um único site ou blog assuntos direcionados especificamente a eles, além de networking direto entre público e marcas. No decorrer dos anos, a comunidade conquistou um número expressivo de seguidores diante de um público bastante segmentado.

Essa conquista foi possível devido aos profissionais que atuam no site Oeditor.com.

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É uma equipe especializada em várias áreas do audiovisual e comprometida em buscar, diariamente, conteúdos inéditos e de qualidade para todos os leitores.

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Oeditor.com
Site: www.oeditor.com
Facebook: www.facebook.com/oeditorsite
Youtube: www.youtube.com.br/oeditor
Twitter: www.twitter.com/oeditorsite
Instagram: www.instagram.com/oeditorsite
Wordpress: pt.gravatar.com/oeditorsite
Google+: plus.google.com/+oeditor
WhatsApp: +55 19 98212-9519
Skype: oeditorsite
Loja: loja.oeditor.com
E-mail: contato@oeditor.com
LinkedIn: goo.gl/NmDmMX
Mídia Kit: goo.gl/jjJKMj
‪#‎oeditor‬ ‪#‎oeditorsite‬

Assista: https://www.youtube.com/watch?v=hBY4yNLCQEY

Exec TechnologyBlackmagic DesignDuplic VídeoQ-Factory by Robert EtollEditors Keys,POND’SAvidVFX CentralAutodeskARRIMerlin Foto e Vídeo e Visioncolor em Oeditor.

[ SÉRIE ] Processos Cinematográficos – 7º Pós-Produção

15 abr

Pós-produção faz parte do processo de filmagem. Ocorre na fabricação de filmes, programas de televisão, programas de rádio, publicidade, vídeos, gravações de áudio, fotografia e arte digital.
A pós-produção é, de fato, muitos processos diferentes agrupadas sob um nome. Estes tipicamente incluem:
A edição do filme/ programa de televisão
Escrita, (re)gravação, e editar a trilha sonora.

Efeitos visuais (VFX) principalmente geradas por computador (CGI) e cópias digitais a partir da qual liberações de cópias serão feitas (embora isto tenha se tornado obsoleto pelas tecnologias de cinema digital).
Design Sonoro, Sonoros, ADR(Automatic Dialogue Replacement), Foley e Música, culminando em um processo conhecido como som de re-gravação ou mixagem.
Transferência de filme para vídeo ou dados com um telecine e gradação de cores.

Efeitos especiais são quase sempre confundido com efeitos visuais por quem não entende. Os efeitos especiais são artifícios e acontecimentos que são manipulados no set de filmagem , como uma parte da fotografia principal. Explosões, uma alavanca para que o carro capote. Estes são os efeitos especiais, ou, como eles são por vezes conhecidos. Os efeitos visuais são adicionados em pos-produção ou filmado em separado da filmagem principal. Atirar no avião em miniatura explodindo-o e posiciona-lo em plena explosão do edifício é um efeito visual.

Normalmente, a fase pós-produção da criação de um filme demora mais do que o tempo de gravação do filme, e pode levar vários meses para ser concluído

[ SÉRIE ] Processos Cinematográficos – 6º Dublagem

8 abr

A dublagem (português brasileiro) ou dobragem (português europeu) é a substituição da voz original de produções audiovisuais (filmes, séries, desenhos animados, telenovelas, documentários, reality shows, etc) pela voz e interpretação de um ator de voz quase sempre noutro idioma. Há também dublagem no mesmo idioma, usada para melhorar a entonação do som original, algo utilizado principalmente em comerciais e musicais, ou quando há alguma falha na captação de som direto, nas produções audiovisuais.
A dublagem é feita em estúdios de dublagem, com profissionais diversos, dentre os quais os dubladores que são aqueles que com sua voz e interpretação, substituem as vozes de obras estrangeiras por uma versão nacional.

Os primeiros filmes sonoros apareceram em 1925, mas o cinema começou a “dublar” somente em 1927 com o filme “The Jazz Singer – O Cantor de Jazz” que incluía algumas falas, porém o primeiro filme totalmente dublado foi “Luzes de Nova York” lançado em 1929.
O advento do som causou uma revolução no cinema da Europa e Estados Unidos. As falas dos personagens, que até então eram representadas por cartelas e podiam ser traduzidas a todos os idiomas, enfrentaram o primeiro desafio. Como a legendagem, em princípio, não obteve bons resultados, pensaram até em filmar as cenas em vários idiomas com os mesmos atores ou com outros atores de diferentes partes do mundo. Esta solução, é claro, não era economicamente viável.

Mas em 1930 Jacob Karol inventou um sistema de gravação que permitia sincronizar áudio e imagem. Era o nascimento da técnica que seria chamada de dublagem.
O recurso da dublagem permitiu o aprimoramento da qualidade sonora dos filmes, visto que os equipamentos de filmagens eram extremamente barulhentos, o que nem sempre permitia uma boa captação do som. Foi também uma boa solução para as tomadas externas em condições adversas.
As vantagens da dublagem não se resumiram a questões técnicas. Os diretores encontraram um meio de poder elaborar melhor a interpretação vocal dos atores, sem aumentar os custos de produção com refilmagens.
A dublagem permitia regravar as cenas tantas vezes quanto fosse necessário até se chegar ao nível de interpretação imaginado pelo diretor do filme.
A maior vantagem do advento da dublagem talvez tenha sido a possibilidade que ela proporcionou aos artistas falarem em muitos idiomas, o que abriu um grande campo de trabalho para outros tantos artistas em muitas partes do mundo.

Primeiramente os desenhos animados começaram a ser dublados para o cinema, o que permitiu ao público infantil entender e se deliciar com as grandes obras do cinema de animação. No Rio de Janeiro, em 10 de janeiro de 1938 começaram as gravações, nos estúdios da CineLab, em São Cristóvão, da dublagem do filme Branca de Neve e os Sete Anões, com intervenção direta na organização dos trabalhos dos profissionais de Walt Disney. Essa produção marcou o início das atividades da dublagem brasileira, seguido por outras criações do mesmo estúdio como Pinóquio, Dumbo e Bambi. Carlos de la Riva, proprietário da Delart Estúdios Cinematográficos, foi o primeiro técnico de áudio a trabalhar com dublagem no Brasil. Outra dublagem original marcante foi a do clássico …E o vento levou que aparece disponível no lançamento em blu-ray.
Os filmes brasileiros já contavam com a dublagem para corrigir a precariedade do equipamento de som disponível nas produções da década de 1940 e 1950 e tornou-se natural fazer o mesmo trabalho para os filmes estrangeiros. Com o sucesso da televisão, a necessidade de dublagem para a tela pequena se tornou imperativa e aos poucos os brasileiros se acostumaram à idéia, quase inconcebível na época, de grandes astros de Hollywood falarem português.
Em São Paulo foi fundada em 1958/1959 a Gravasom, uma associação da Screen Gems subsidiária da Columbia Pictures, representada por Hélios Alvarez, com Mário Audrá Jr. (sócio da Cinematográfica Maristela). Ford na TV que apresentava pequenos dramas de 30 minutos foi a primeira série dublada apresentada na TV Brasileira. Depois vieram Rin-Tin-Tin, Lanceiros de Bengala, Papai Sabe Tudo e outras. Até há pouco tempo, todo o elenco de dublagem de um filme trabalhava junto pois só havia um canal disponível para as gravações das vozes. Atualmente os dubladores atuam separadamente, conforme mostrado no Especial Dublagem HBO exibida em 2011.
O dublador brasileiro Orlando Drummond Cardoso que interpreta a voz de Scooby Doo permanece ligado ao personagem por mais de 30 anos e por isso entrou para o livro de recordes. Outros casos marcantes são o elenco principal da série Harry Potter, que permaneceu o mesmo desde o primeiro filme, com as vozes evoluindo ao mesmo tempo em que dubladores e atores foram crescendo. Conforme o citado especial da HBO, no início, adultos faziam as dublagens de crianças e dubladoras interpretavam os meninos. Atualmente, como no caso dos primeiros Harry Potter, Ben 10 ou o recente Karate Kid, dubladores-mirins são contratados.
Os primeiros elencos de dublagem foram integrados por rádio-atores. Eram vozes consagradas na época pelo sucesso das rádio-novelas. Alguns profissionais que não encontravam espaço para atuarem realizaram trabalhos marcantes na dublagem brasileira: Ida Gomes dublava Bette Davis enquanto Lima Duarte fez sucesso trabalhando com os desenhos da Hanna Barbera. Essas animações obtiveram grande sucesso na TV brasileira dos anos 60, tornando conhecidas vozes como a de Older Cazarré (Dom Pixote) e Roberto Barreiros (Jambo & Ruivão). Olney Cazarré que depois faria parte da Escolinha do Professor Raimundo dublava o Pica-Pau e os filmes de Jerry Lewis. Nas séries havia a voz de Borges de Barros (Moe em Três Patetas e Prof. Smith em Perdidos no Espaço). Dennis Carvalho trabalhou em Túnel do Tempo. Nos anos 1980, Garcia Júnior ficou conhecido pela dublagem de MacGyver e He-Man. A dublagem de Chaves feita pelo SBT que no início fora muito criticada, tornou-se cultuada pelos fãs e um dos pontos chaves do duradouro sucesso do programa na TV brasileira. Wendell Bezerra (voz de Bob Esponja) e Guilherme Briggs (Buzz Lightyear) estão entre os dubladores que ficaram conhecidos mais recentemente.
Atualmente existe muito interesse pelos dubladores brasileiros de animes, havendo eventos específicos em que os profissionais mais conhecidos são convidados a participar e se apresentarem aos fãs.

Legislação
Na legislação brasileira, dubladores necessitam do registro profissional de ator para trabalharem com dublagem, porém:
Dos 16 aos 18 anos de idade, o registro profissional para dubladores fica condicionado à autorização dos pais ou responsáveis legais.
Até os 16 anos, a autorização do registro profissional para dubladores só é concedida mediante autorização do Juizado da Infância e da Juventude.
O registro profissional é expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Mas pode ser requerido pelo SATED regional (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões), que emite um documento de capacitação profissional, o qual é acatado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Para o registro no MTE, são necessários diploma ou certificados de conclusão de curso profissionalizante (técnico ou superior) reconhecido pelo MEC, ou o atestado de capacitação do sindicato.

[ SÉRIE ] Processos Cinematográficos – 5º Legenda

1 abr

No cinema e televisão, as legendas são o texto que acompanha uma imagem, conferindo-lhe um significado ou esclarecimento. Seu maior uso é na tradução de textos e diálogos de filmes, acompanhando o mesmo em sobreposição, normalmente na zona inferior da película.

Possíveis sinônimos para o termo são letreiro, inscrição, rótulo e dístico.
Já no jornalismo, legendas são os textos que aparecem imediatamente abaixo ou ao lado (ou ainda, mais raramente, acima) de uma fotografia, identificando-a, contextualizando-a e acrescentando alguma informação a partir da matéria que a acompanha. Ver, também, para este fim, o verbete Diagramação.
Na Geografia, é usada para identificar nos mapas áreas ou lugares que possuem uma determinada característica.

Como criar uma legenda

Hoje legendadores profissionais costumam trabalhar com um software de computador especializado onde o vídeo é armazenado digitalmente em um disco rígido, fazendo cada quadro individual imediatamente acessível. Além da criação da legenda, o legendador geralmente também informa ao software de computador as posições exatas onde cada legenda deve aparecer e desaparecer. Para o filme de cinema, esta tarefa é tradicionalmente feita por técnicos diferentes. O resultado final é um arquivo de legendas com as legendas existentes, bem como marcadores de posição que indicam onde cada legenda deve aparecer e desaparecer. Estes marcadores são geralmente baseados em código de tempo (timecode), se for um trabalho para mídia eletrônica (por exemplo, TV, vídeo, DVD), ou na duração do filme (medida em centímetros e quadros) se as legendas forem utilizadas para filmes de cinema tradicional.
O arquivo de legenda final é usado para adicionar as legendas à imagem, ou: diretamente na imagem (legendas em aberto); Embutidas no intervalo vertical e, posteriormente, em sobreposição à imagem pelo usuário final com a ajuda de um decodificador externo ou um decodificador embutido na TV (legendas fechadas na TV ou vídeo); Ou convertidas (fundidas) para TIFF ou BMP gráficos que são posteriormente sobrepostas sobre a imagem pelo equipamento do usuário final (legendas fechadas em DVD ou como parte de uma transmissão DVB).
Legendas também podem ser criadas por indivíduos utilizando software livre disponível para criação de legendas, como o Subtitle Workshop para Windows, MovCaptioner para o Mac e Compositor da legenda para o Linux e, em seguida codificá-las em um arquivo de vídeo com programas como o VirtualDub em conjunto com VSFilter que podem também ser utilizados para mostrar legendas como legendas em diversos players de vídeo do software.
Legendas também podem ser criadas usando ferramentas com base no navegador que permitem a legendagem de vídeos.
Uma das ferramentas disponíveis no navegador para a criação de legendas é dotSUB.
Como uma ferramenta baseada em navegador, não há nada para comprar ou fazer o download quando usando dotSUB.

[ SÉRIE ] Processos Cinematográficos – 4º Sonorização

25 mar

Anteriormente este texto estava com sua pré-definição em cinema, porém, a sonorização por si é um tema a se compor com maiores informações. Ela é parte fundamental em diversas áreas da acústica.
Sonorização é o reforço de som para que um dado evento dependente da produção de som (como uma palestra ou uma apresentação musical) possa ser assistido por uma massa de espectadores que, pelo tamanho ou quantidade de pessoas, não conseguiria ouvir o evento.
A palavra aplica-se também a ambientes, ao cinema, à televisão e ao rádio.

A sonorização é parte fundamental de um filme mesmo antes do cinema falado. Até 1926, as sessões de cinema eram acompanhadas por música ao vivo, geralmente executadas por piano, órgão ou até mesmo por orquestras.
O Cantor de Jazz, de 1927, foi o primeiro filme sonoro a ser lançado, mas na época o som ainda era gravado em disco. Após, a técnica foi sendo aperfeiçoada, passando a existir gravação simultânea entre imagem e som sincronizado, gravado numa faixa lateral que acompanhava os fotogramas. A seguir, foi desenvolvido um sistema que permitia gravar o som sincronizado com as imagens, em uma película separada daquela que registrava essas imagens.
Atualmente, com a criação dos sistemas de som digitais, os estúdios de som fazem mixagem de até seis bandas de som para acompanhamento das imagens, possibilitando uma qualidade sonora extremamente realista.

Som ao vivo

A sonorização de shows, apresentações artísticas ou mesmo eventos sociais ou corporativos que necessitem um reforço sonoro contam com o apoio de sistema de sonorização, onde amplificasse o som de instrumentos, acústicos ou elétricos.
Existem diversos tipos de sistemas de sonorização, que normalmente são dimensionados de acordo com o orçamento disponível, solicitação do artista ou contratante, ou, que seria a forma mais correta, pela definição de um profissional da área, neste caso, o Engenheiro de Som.

[ SÉRIE ] Processos Cinematográficos – 3º Montagem

18 mar

Montagem ou edição é um processo que consiste em selecionar, ordenar e ajustar os planos de um filme ou outro produto audiovisual a fim de alcançar o resultado desejado – seja em termos narrativos, informativos, dramáticos, visuais, experimentais, etc. Em geral, a montagem é realizada pelo montador, em um equipamento compatível com a tecnologia empregada na realização do produto, sob a supervisão do diretor ou, em alguns casos, do produtor.

Como é realizada após a filmagem, a montagem é um processo de pós-produção e durante muito tempo foi considerada como o único processo original do cinema, aquilo que tornaria o cinema uma arte ou uma linguagem diferenciada das demais. Hoje, no entanto, vários autores consideram que há muitas semelhanças entre a montagem e os processos de composição em outras formas artísticas, tais como a poesia ou o romance.

Montagem em cinema (e, por extensão, em qualquer meio audiovisual) pode ser entendida de três maneiras diferentes: como uma habilidade, como uma técnica e como uma arte.

Montagem-habilidade
Enquanto habilidade, a montagem pode ser descrita como uma série de procedimentos utilizados para arranjar as imagens e os sons de um filme, até que este tome a sua forma definitiva. O conjunto das habilidades necessárias para o processo de montagem varia muito quer se monte em filme, em vídeo ou em sistema digital.
Em filme, monta-se (ou montava-se) num aparelho chamado mesa de montagem (ou moviola), com o auxílio de uma coladeira, tesoura e fita adesiva. O ato de montar um filme (do ponto de vista da habilidade) consiste em cortar pedaços do filme, selecioná-los, rearranjá-los e colá-los. O filme montado é um rearranjo de partes selecionadas do filme original (não-montado). A própria bitola do filme determina procedimentos mecânicos diferentes (e portanto uma habilidade diferente) na sua montagem: montar em 35 mm é diferente de montar em 16 mm ou super-8.
Em vídeo, monta-se (ou montava-se) num sistema chamado ilha de edição, que consiste em dois ou mais aparelhos de vídeo ligados a um controlador de edição. O ato de montar (ou editar) um vídeo consiste em copiar trechos selecionados de uma fita para outra, dando-lhes um novo arranjo. O vídeo montado é uma cópia eletrônica de trechos selecionados e rearranjados do vídeo original (não montado). O próprio sistema de vídeo utilizado determina procedimentos mecânicos diferentes (e portanto uma habilidade diferente) na sua montagem: montar em VHS é diferente de montar em U-matic ou Betacam.
Em sistema digital, monta-se na memória de um computador, através de um programa de montagem.
O ato de montar (ou compor) um filme ou vídeo em sistema digital consiste apenas em selecionar e rearranjar trechos dentro da memória do computador. O filme montado é uma projeção virtual (que não existe fisicamente em parte alguma) de trechos selecionados e rearranjados do filme original (não montado). O próprio programa utilizado determina procedimentos mecânicos diferentes (e portanto uma habilidade diferente) na montagem: montar em Final Cut Pro é diferente de montar em Avid ou em Premiere.

O responsável pela montagem-habilidade de um produto audiovisual é o operador do equipamento (mesa de montagem, ilha de edição, programa de computador).

Montagem-técnica
Enquanto técnica, a montagem é um conjunto de regras, caminhos e atalhos (e até mesmo a possibilidade sempre aberta de modificar, atualizar e subverter essas regras) para obter o melhor resultado possível a partir de um material previamente filmado.
A técnica da montagem é a mesma quer se trate de filme, vídeo ou sistema digital, e independe da bitola do filme, do sistema de vídeo ou do programa de montagem utilizado. Se os botões a apertar são outros, se a maneira concreta de cortar não é a mesma, se o resultado físico final é diferente (um filme cortado e colado, uma cópia eletrônica, uma projeção virtual), tudo isto se refere à montagem-habilidade e não à montagem-técnica.
O responsável pela montagem-técnica de um produto audiovisual é o montador ou editor, que muitas vezes pode ser o próprio operador do equipamento, e portanto acumular as duas funções.

Montagem-arte
Enquanto arte, a montagem diz respeito a uma concepção geral do filme, que começa no planejamento anterior à filmagem (decupagem), inclui a própria forma de filmar (a execução da decupagem) e a montagem propriamente dita.
A arte da montagem, evidentemente, é a mesma quer se trate de filme, vídeo ou sistema digital, e independe da bitola do filme, do sistema de vídeo ou do programa de montagem utilizado. No entanto, muitas vezes usam-se palavras diferentes: montagem para filme, edição para vídeo, composição para alguns programas digitais -ou, às vezes, montagem para a imagem, edição para o som. Na verdade, a única diferença real entre montagem e edição é que uma palavra vem do francês (montage) e a outra do inglês (edition), significando rigorosamente a mesma coisa: a habilidade, a técnica e a arte de colocar um produto audiovisual em sua forma definitiva, selecionando e rearranjando as imagens e os sons originalmente captados.
O responsável pela montagem-arte de um produto audiovisual é, em princípio, o diretor – embora, em algumas situações absolutamente industriais, o produtor assuma essa responsabilidade, em parte ou no todo.

Trabalho de montagem
Lembrando que a maioria dos filmes, principalmente de longa-metragem, são captados fora de ordem cronológica, o trabalho do montador será então o de compreender todo o roteiro do filme, ler as planilhas de produção (geralmente feitas pelo assistente de direção) e então, em um primeiro corte, colocar todos os planos em ordem da maneira como prevista pelo roteiro e eliminar planos errados ou que não devem ir para a versão final do filme. Em um segundo corte, ou seja após o filme estar em ordem cronológica da trama do roteiro, o montador, o assistente ou assistentes de montagem e o diretor, trabalham no afinamento do produto audiovisual, dando ritmo e outras características que o diretor vê necessárias.
Montadores experientes trabalham em parceria com os diretores, ou seja, não cumprem apenas ordem e não têm apenas conhecimentos técnicos: devem ter embasamento artístico para ajudar o diretor na escolha de melhores enquadramentos e seleção de sequências que devem ser cortadas ou adicionadas, assim como na duração de planos e cenas. Existem muitos livros sobre montagem cinematográfica. Um dos autores mais famosos nesta área é o cineasta russo Sergei Eisenstein que dirigiu filmes entre 1923 e 1945.
O trabalho de montagem de um filme é demorado, exige muita paciência, pois muitas vezes é na pós-produção que o assistente de montagem e o montador notam a falta de material ou erros de continuidade que devem ser resolvidos de alguma forma na hora da montagem. A equipe de produção geralmente está desmontada nessa fase e torna-se, por isso, inviável iniciar novamente a captação de material durante a pós-produção. O montador, para resolver possíveis problemas, deve usar os recursos de edição mais o material captado que lhe é disponibilizado. O montador e seu assistente podem também trabalhar em parceria com o continuista (anotador (pt)) para solucionar dúvidas de continuidade.

[ SÉRIE ] Processos Cinematográficos – 2º Decupagem

11 mar

DECUPAGEM

Decupagem (do francês découpage, derivado do verbo découper, recortar) significa, originalmente, o ato de recortar, ou cortar dando forma. Na indústria, indica um processo de fabricação de peças metálicas por recorte de superfície. Nas artes decorativas, um sistema de colagem de papel e papelão sobre objetos.
Em cinema e audiovisual, decupagem é o planejamento da filmagem, a divisão de uma cena em planos e a previsão de como estes planos vão se ligar uns aos outros através de cortes.

Segundo o “Dicionário teórico e crítico de cinema” de Jacques Aumont e Michel Marie, o termo decupagem começou a ser usado em cinema na década de 1910, com a padronização da realização dos filmes, e designava a princípio um instrumento de trabalho, o “roteiro decupado” ou “roteiro técnico”, último estágio do planejamento do filme, em que todas as indicações técnicas (posição e movimento de câmara, lente a ser utilizada, personagens e partes do cenário que estão em quadro, etc.) eram colocadas no papel para organizar e facilitar o trabalho da equipe.
Em inglês, o roteiro decupado é chamado de shooting script; em espanhol, de guión técnico.

Decupagem como ordenação dos planos

A partir dos anos 1940, a palavra decupagem migra do campo da realização para o da crítica, passando a designar a estrutura do filme como conjunto ordenado de planos, tal como percebido pelo espectador atento.
É nesse sentido que André Bazin cria a noção de decupagem clássica, oposta à do cinema fundado na montagem, apresentando-a a princípio em uma série de artigos para a revista Cahiers du Cinéma (1951), mais tarde reunidos em sua obra “Qu’est-ce que le cinéma?” (1958).

Decupagem como forma do filme

A definição de decupagem é retrabalhada pela corrente neoformalista, especialmente por Noël Burch em seu livro “Práxis do cinema” (1969).
Considerando o filme como uma série de fatias de espaço (o enquadramento de cada plano, fixo ou em movimento) e de fatias de tempo (a duração de cada plano), Burch constrói um significado cumulativo para sua noção de decupagem: (a) a planificação por escrito de cada cena do filme, com indicações técnicas detalhadas; (b) o conjunto de escolhas feitas pelo realizador quando da filmagem, envolvendo planos e possíveis cortes; (c) “a feitura mais íntima da obra acabada, resultante da convergência de uma decupagem no espaço e de uma decupagem no tempo”.
Ou seja: a decupagem de um filme, ou de cada cena de um filme, é um processo que começa na planificação, se concretiza na filmagem e assume sua forma definitiva na montagem.
Segundo Burch, nos anos 1950-1960, a noção de decupagem, com estes três sentidos sobrepostos, só existia em francês. O cineasta norte-americano, por exemplo, era obrigado a pensar em marcação (set-up) e montagem (cutting), como dois processos separados. “Se nunca lhe vem ao espírito que essas duas operações participam de um único e mesmo conceito, é talvez porque lhe falte uma palavra para o designar. E, se os progressos formais mais importantes dos últimos quinze anos foram executados na França, é talvez um pouco por uma questão de vocabulário.”

Decupagem como listagem posterior (produção de vídeo)

No Brasil, especialmente entre os profissionais de televisão, a palavra decupagem foi adotada com um significado diferente, na verdade oposto ao de qualquer planejamento de filmagem, uma vez que ele começa depois que a filmagem está concluída: é a decupagem de fitas, também chamada decupagem de claquetes ou minutagem.
O processo consiste em registrar as características de cada trecho gravado, bem como o ponto da fita em que ele se encontra, para facilitar sua localização posterior. É um procedimento análogo à indexação e classificação em categorias ou tags, que permite a recuperação de dados sobre livros, textos, documentos, etc.
Exemplo
Um exemplo de situação: o produtor capturou uma determinada imagem: por exemplo, um pôr do sol para determinado trabalho. Porém, a cena não foi utilizada, mas continua no acervo. Posteriormente, o cliente requer em uma nova campanha, com a cena capturada. Ou um novo cliente requisita algo nesse sentido. Caso não exista o arquivo de decupagem, a mesma terá que ser localizada rodando todos os vídeos ou terá que ser gravada novamente.

[ SÉRIE ] Processos Cinematográficos – 1º Roteiro

4 mar

Iniciaremos hoje uma série de matérias sobre Processos Cinematográficos, a série terá 7 capitulos:
– Roteiro
– Decupagem
– Montagem
– Sonorização
– Dublagem
– Legendas
– Pós Produção

ROTEIRO

O roteiro ou argumento ou guião é a forma escrita de qualquer espetáculo audiovisual, escrito por um ou vários profissionais que são chamados de roteiristas (argumentistas ou guionistas).

O roteiro ou guião é um documento narrativo utilizado como diretriz para espetáculos de cinema ou programas televisivos.

Roteiros de ficção contêm a íntegra de um filme ou de um capítulo de novela ou seriado, divididos em cenas numeradas que descrevem os personagens e os cenários. O roteiro inclui todos os diálogos, com indicações para os atores quanto à entonação da voz e à atitude corporal. Além disso, informa o horário em que cada cena deve ser filmada (“Dia”, Noite”, “Pôr-do-sol”, “Amanhecer”, etc.) e se a cena é “Externa” (filmada ao ar livre) ou “Interna” (gravada em estúdio).

Também espetáculos de não-ficção, como, por exemplo, a festa da entrega do Oscar ou o Criança Esperança dependem de um roteiro, assim como documentários e filmes publicitários. Cada um tem sua linguagem própria.

O roteiro técnico, desenvolvido posteriormente, dá indicações quanto ao posicionamento das câmeras, uso de gruas, iluminação e efeitos audiovisuais. É preparado pelo diretor do espetáculo, em conjunto com a equipe técnica e, eventualmente, com o roteirista.
O roteirista pode indicar, nos diálogos, a entonação do personagem com marcações como “ríspido”, “alegre”, “surpreso”, etc. Modernamente, no entanto, reduz-se ao mínimo necessário a interferência do roteirista no trabalho do ator, que é conduzido pelo diretor. A falta absoluta dessas indicações, no entanto, pode levar a erros de interpretação quanto às intenções de uma fala.

Emoções ‘invisíveis’ dos personagens não são indicadas pelos roteiros, porque precisam ser mostradas ao espectador através da vivência das ações dos atores em frente a camera. Daí a noção essencial aos escritores de roteiro de que “escrever é igual a descrever”. As emoções que o espectador sente a partir do estímulo da cena que ele assiste num filme resultam da interpretação dos diferentes eventos descritos no roteiro que acontecem em frente à camera, como ações e movimentos. Em termos da linguagem semiótica se pode dizer que a cena contem indicações ao espectador que precisa decodificar e interpretar o que lhe é mostrado. Um roteiro em que as ações descritas se sucedem e fazem perceber um significado a partir do conjunto das ações é um bom roteiro.

Não são chamadas de ‘roteiro’ as peças de dramaturgia destinadas ao teatro, nem o esquema a ser seguido em um noticiário. As primeiras são chamadas simplesmente de “peça” e o segundo recebe, no jargão técnico, o nome de espelho.

Página de um roteiro cinematográfico
No cinema o roteiro é a base do filme, a parte prima que nasce antes de toda a obra. De acordo com Syd Field, um roteirista e consultor de Hollywood, um bom roteiro apresenta três partes essenciais que precisam estar bem desenvolvidas: personagem, estrutura e enredo, sendo este dividido da seguinte forma:
Parte 1; seria esta a introdução do filme, delimitando os personagens e suas ações, aí vem o primeiro ponto de virada, onde se passa para a …
Parte 2; desenvolvimento do filme, a confrontação, que se divide (através do ponto central) em duas partes.
Parte 3; por último se define o filme, o desfecho da história, lembrando sempre que este se trata de um roteiro clássico, mas podem existir modificações, onde se pode trabalhar do final para o início, ou do meio para o fim e depois para o início, ou vice-versa, já que no cinema isso é totalmente possível.
Um roteiro de cinema pode ser definido como uma tentativa sistemática e ordenada para prever o futuro filme. É uma previsão que na prática se concretiza em um manuscrito contendo a descrição, cena por cena, enquadramento por enquadramento e das soluções de todos os problemas técnicos e artísticos que se prevê para a realização do filme.
No Brasil, o roteirista Doc Comparato, que trabalhou na Rede Globo, foi um dos pioneiros no ramo, e escreveu um livro “Roteiro” (mais tarde relançado como “Da Criação ao Roteiro”) que é um manual de escrita para televisão, historicamente importante por ter sido o primeiro no Brasil.

Há dois meios para um novo roteiro surgir: partindo da vontade de um roteirista de escrever um roteiro e vender sua obra para um produtor cinematográfico ou um estúdio de cinema que vá transformar aquilo em uma arte audiovisual; ou partindo de um projeto de uma grande empresa cinematográfica, onde existem profissionais empregados especialmente para o cargo de roteiristas.
Nos Estados Unidos, onde há uma série de roteiristas, existem organizações referentes à roteiristas. Como Hollywood é conhecida como a capital do cinema, não é errônea a afirmação de que surgem diversos roteiristas por lá a cada ano.

O argumento, geralmente, é a primeira coisa a ser desenvolvida por um roteirista. É a ideia trabalhada sobre a qual se desenvolverá uma sequência de atos e acontecimentos, que constituirão, futuramente, o roteiro.
O roteiro é o texto do filme, geralmente que se originou no argumento, mas adaptado com falas e cenas, para ser filmado. É basicamente a transcrição da história de uma forma que possa ser montada e encenada.

Um exemplo de transcrição de um argumento para um roteiro:
Alan vive triste e agora quer sua mulher novamente.
Alan entra na sala, com uma expressão triste. Dirige-se até o sofá. Conseguimos ver uma fotografia sobre o sofá. Alan agacha-se e pega a fotografia, trazendo sobre seu tórax. Depois olha a fotografia, enquanto chora. Vemos que a foto é de sua mulher.
O argumento é muitas vezes visto como a sinopse, mas não é. A sinopse de um espetáculo possui pouquissimas linhas (15 ou menos), enquanto alguns autores afirmam que, para cada página de argumento, corresponde a dez de um roteiro.

Os softwares de roteiros são programas para microcomputadores. Processadores de texto especialmente criados para a substituição da máquina de escrever e facilitação do processo de escrita de um roteiro, esses softwares tornam-se cada vez mais populares entre usuários de computador.
Hoje em dia, é possível encontrar esses editores gratuitamente pela Internet, para diferentes sistemas operacionais. O software mais conhecido entre brasileiros e portugueses é o Celtx, que possui inúmeras funções para roteiristas e pode ser encontrado em versões gratuitas.
Existem também disponibilizados gratuitamente templates para editores de texto conhecidos (como o Microsoft Word), que ajudam na formatação de arquivos para atender aos padrões técnicos de um roteiro profissional.

Site recomendado:
roteirodecinema.com.br