A Blackmagic Design anunciou hoje que o videoclipe do novo single do guitarrista Steve Vai, “Dark Matter”, foi concluído utilizando uma linha de produção completa da Blackmagic Design, incluindo editorial, efeitos visuais e finalização no DaVinci Resolve 15. O vídeo foi filmado com a Blackmagic Design URSA Mini Pro.
Considerado um dos maiores guitarristas de rock, Steve Vai já ganhou três prêmios Grammy e trabalhou com artistas como Frank Zappa, David Lee Roth, Whitesnake, Ozzy Osbourne e vários outros. Para a produção do seu videoclipe mais recente, Steve queria fazer algo especial. “Queria criar algo que parecesse sobrenatural, mas que também fosse filmado de um jeito único.”
Steve se uniu à Moai Films para produzir o vídeo. O diretor Lukas Colombo optou por filmar o clipe todo em tela verde, algo que ele não estava acostumado. “A minha tendência natural é captar o máximo possível todas as ações e visuais na câmera”, disse Colombo. “Mas, por conta das restrições de tempo do Steve, e também devido aos conceitos diversos e ao cenário alienígena para o vídeo, fazia mais sentido filmar deste jeito.”
A Moai Films utilizou duas câmeras digitais cinematográficas URSA Mini Pro e montou uma ‘ilha’ com os monitores SmartView 4K e vários Video Assist 4K. “Usamos as câmeras URSA Mini Pro como nossas ferramentas de aquisição e uma delas ficou a maior parte do tempo em uma grua de 6 metros”, disse Colombo. “Nossa câmera B se movimentava pelo set.”
Steve queria captar cada membro da banda de um jeito único. “A minha ideia era filmar o baixista, Phillip Bynoe, tocando com o dobro da velocidade. Assim, quando a velocidade é normalizada, para quem está assistindo, é como se ele estivesse tocando em sintonia com a música, mas com os movimentos em câmera lenta”, disse ele. “Com o baterista, fizemos o oposto. A ideia era filmá-lo bem devagar, pois os bateristas são muito dinâmicos, principalmente o Jeremy Colson. Quando você traz velocidade, parece que ele está em sintonia com a música, mas as ações dão a impressão de que há algo interessante e bizarro acontecendo, algo que não parece normal.”
Para o Steve, ele escolheu a solução mais complexa. Ele achou que Steve deveria tocar sua música de trás para frente. “Na verdade, eu tive que aprender a letra de trás para frente na guitarra”, contou. “É uma tarefa bem complicada porque nunca é como você imagina. Você precisa espelhar completamente a sua perspectiva porque tudo fica no sentido inverso. Quando você dedilha, a tendência é dedilhar para baixo, mas acaba que fica parecendo que você está dedilhando para cima. Há todas essas complexidades, que tornam o desafio divertido, mas é praticamente como vestir uma camisa de força e tentar correr uma maratona com os olhos detrás da cabeça.”
A unidade de produção usou as câmeras URSA Mini Pro para filmar algumas taxas de quadro diferentes para obter os movimentos artificais e sobrenaturais dos membros da banda. Steve focou não apenas em tocar sua guitarra de forma invertida, mas também nos movimentos do seu corpo e dos seus braços, para que seguissem a mesma lógica. Steve Vai e Colombo assistiram às tomadas no set para garantir que estavam obtendo aquilo que precisavam e, no final, ambos ficaram satisfeitos. “Sabe quando você pensa, ‘Será que vai funcionar? Acho que vai…’ Você começa a imaginar, a dar o formato para aquilo na sua cabeça e, depois, acaba saindo melhor que o esperado, é um ‘yeah, baby!’”
Na pós-produção, a Moai Films trouxe os supervisores de efeitos visuais Bruce Jurgens e Nick Torres para ajudar no design. O conceito do vídeo era colocar os membros da banda em vários universos alienígenas, usando uma combinação de pintura fosca multiplanar e efeitos na página Fusion do Resolve. Torres gostou muito do layout baseado em nós do Fusion. “O fluxo de trabalho de nó proporcionou flexibilidade máxima para manipularmos as imagens. Diferentemente das abordagens baseadas em camadas, os nós são não destrutivos e oferecem muitas possibilidades, além de um fluxo de trabalho bem mais eficiente.”
Jurgens, supervisor veterano da Legion Entertainment, ficou responsável pelo trabalho extensivo de pintura fosca e pela execução do “Universo Glacial“ do vídeo. Com a ajuda da especialista em pintura fosca, Juliana Arrietty, eles conseguiram conectar o trabalho diretamente nos compostos do Fusion. “Manter um look consistente era funcional”, disse Jurgens. “O Resolve 15 passou com nota dez, com o perdão do trocadilho”. A equipe conseguiu fazer a pré-visualização das gradações de cores diretamente do Resolve, antes do composto, ajudando a manter um look integrado.
A equipe de efeitos visuais combinou elementos 2D e 3D para criar ambientes únicos. “Queríamos um ambiente completamente alienígena”, disse Torres, “com espirais altos como montanhas e um oceano espelhado com uma neblina se formando rapidamente por cima.” Os elementos 2D da Arrietty foram introduzidos ao Fusion para manipulação usando as ferramentas de composição 3D no Resolve. De lá, foi fácil visualizar imagens na edição, devido ao design multifuncional do Resolve. “O fluxo de trabalho facilitou muito o meu lado”, disse Colombo. “Não preciso gerenciar os arquivos em tantos aplicativos nem me preocupar com transcodificação ou consolidação. Funciona do jeito que você imagina. Ele coloca o recurso de vinculação dinâmica de outros aplicativos em um outro patamar!”
Torres gostou bastante das ferramentas de fosco e chaveamento no Resolve. “Foi necessário uma limpeza considerável. Nós criamos foscos com múltiplas UltraKeys mascaradas juntas e cada uma se ajustava de acordo com as suas respectivas áreas problemáticas. Os cabelos, por exemplo, tanto do Steve quanto do baixista Philip Bynoe, tiveram que ter suas próprias instâncias de ajustes para mantermos todos os detalhes. Também foi necessário muita rotoscopia para a bateria do Jeremy Colson, limpando todos os detalhes cromados do kit de bateria. Algumas imagens da banda apresentaram muito desfoque de movimento. Felizmente, com os nós do Fusion, pudemos simplesmente copiar as máscaras poligonais e os efeitos de um plano de imagem para outro.”
Steve Vai também reconhece o valor de tamanha ferramenta colaborativa. “Estou sempre para lá e para cá com a edição dos meus vídeos e ter que exportar e ajustar as imagens em vários programas leva muito tempo e é uma dor de cabeça. Mas, ter todas essas ferramentas avançadas reunidas no mesmo lugar é o caminho do futuro.”
O produto final, resultado de imensa criatividade, também é um exemplo de colaboração, tanto da equipe quanto do DaVinci Resolve 15. “Viemos de um outro pacote de edição, mas a mudança para o Resolve foi bem tranquila”, disse Colombo. “E, agora, com o Fusion incorporado ao Resolve, podemos ficar quase que exclusivamente dentro do Resolve 15. O software já é referência em cor na indústria, e espero que se torne o padrão para edição, som e efeitos visuais nos próximos anos, onde todos os projetos passarão pelo Resolve e ficarão no Resolve. Não vejo nada que impeça isso. Tudo que você precisa está ali.”